quinta-feira, 26 de março de 2009

As "Obras do Fidalgo"















As Obras do Fidalgo são os restos de um solar nobre setecentista que nunca chegou a ser concluído. A Casa das Obras, também conhecida por Obras do Fidalgo, fica em Vila Boa de Quires, próximo de Marco de Canaveses, e se é verdade que não passa de uma dramática e imponente ruína, não deixa também de fazer adivinhar o ambicioso projecto pensado para o local há 250 anos.
Estaria presente naquele solar um rococó e um barroco sumptuoso, com toda a exuberância decorativa que lhe está associada. Segundo as
Aquela que poderia ser uma das mais impressionantes casas barrocas do país é... só fachada.

A Casa das Obras, também conhecida por Obras do Fidalgo, fica em Vila Boa de Quires,próximo de Marco de Canaveses, e se é verdade que não passa de uma dramática e imponente ruína, não deixa também de fazer adivinhar o ambicioso projecto pensado para o local há 250 anos.



Se este tivesse sido concluido, não haveria grandes dúvidas em considerar o palácio mandado edificar pelo fidalgo António de Vasconcelos Carvalho e Menezes em Vila Boa de Quires, por volta de 1750, como uma das mais belas e imponentes casas construídas em Portugal durante o período barroco. Ficou-se, no entanto, pela fachada. Monumental. Grandiosa. Cenográfica...Mas, mesmo tendo em conta que nos encontramos perante “uma das mais impressionantes construções barrocas do país”, é dramática e inverosimilmente apenas uma fachada...
Conhece-se pouco sobre a história deste insólito monumento. As suas características artísticas, entre as quais se salienta a riquíssima decoração rocaille das portas e janelas, não deixam grandes dúvidas quanto ao arranque da construção em meados do século XVIII. Sabe-se, de resto, que aquando do terramoto de 1755 já decorria a construção.
O fidalgo responsável pela edificação da mansão pensou, seguramente, numa construção de dimensões consideráveis. Tal é evidente não só no impacto que ainda hoje a frontaria transmite, mas também na invulgar espessura das paredes que não raramente atinge os sete palmos. Adivinha-se, portanto, com alguma facilidade o ambicioso projecto pensado para o palácio. A verdade porém é que a edificação se ficou pela fachada.

Mas, que motivos terão levado António de Vasconcelos Carvalho e Menezes, Fidalgo da Casa Real, a suspender a construção?
Não há também respostas para esta questão e as explicações misturam muitas vezes factos reais com outros que possuem já o estatuto de lendários.
Afastada está a hipótese das obras terem terminado por morte do fidalgo uma vez que este faleceu apenas em finais de 1799 numa altura em que a construção há muito estaria parada.
Popularmente conta-se que o promotor da obra se teria desinteressado do projecto quando, culminando uma série de acidentes que se vinham registando na construção (e há, de facto, referências à morte de pelo menos um operário por queda “abaixo das obras”), é o próprio arquitecto que, durante uma visita, perde a vida na sequência de uma queda. Não há, no entanto, qualquer prova histórica da ocorrência deste episódio.
Outra possibilidade muitas vezes apontada é a do projecto se ter revelado bastante dispendioso, abalando os recursos financeiros de António Carvalho e Menezes. É possível que esta hipótese tenha algum fundamento. Mas não explica tudo. Pensamos, de resto, que a explicação residirá provavelmente numa conjugação de vários factores onde se deverá ter também em linha de conta o facto do fidalgo não ter tido filhos legítimos “nem ilegítimos”, como salienta o seu testamento. Sem descendentes directos a quem deixar o seu sonhado palácio, ter-se-á desinteressado do projecto deixando a fachada ao seu irmão.
Esta é sem dúvida uma das mais imponentes e belas construções barrocas do país, mas também um dos seus monumentos mais inverosímeis. O suficiente para há algumas décadas um milionário norte-americano ter querido comprar a fachada para a desmontar e erguer, posteriormente, numa sua propriedade na América.
























É sem dúvida um lugar espectacular, apesar de ter muita pena de não ter sido acabado há algo de muito teatral, e mesmo surreal, nestas ruínas que não o são, e que me levam a dizer "ainda bem que não foi acabado!" Aconselho verdadeiramente uma visita, é extraordinário!...;)

quinta-feira, 12 de março de 2009


O Mosteiro de Vila Boa de Quires é o bem patrimonial mais importante do concelho. Classificado como Monumento Nacional em 1927, a sua Igreja apresenta características românicas tardias, quase proto-góticas. No entanto, devido às alterações que sofreu, apresenta também alguns aspectos neoclássicos. No interior, a capela-mor é decorada com silhar de azulejos de padrão policromo maneirista. Em Vila Boa de Quires iriam ser erguidas as principais estruturas administrativas e judiciais daquele Concelho: o pelourinho, a Casa da Câmara, a cadeia.
Quanto ao Mosteiro de Vila Boa de Quires, terá sido fundado posteriormente, sendo o ano provável de construção o de 1185. Há quem refira também a data de 1118. Sabe-se que, no século XIII, albergava frades beneditinos. Por volta de 1320, foi convertido em Igreja Paroquial. No século XIX, procedeu-se a um aumento do templo.




quinta-feira, 5 de março de 2009


Vila Boa de Quires é uma das maiores freguesias do concelho Marco de Canaveses, esta têm cerca de 3 635 habitantes.
Vila Boa de Quires deve o seu nome ao nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, que assim a baptizou por considerar que na região se faziam vinhos de grande excelência Tanto em termos históricos como patrimoniais, Vila Boa de Quires é uma das mais importantes freguesias do concelho do Marco de Canaveses.